Hitler não era de direita

Entre as muitas mentiras inventadas pela esquerda para denegrir a imagem de seus adversários, está a de que o
regime de Adolf Hitler, o Nazismo, era um regime “de direita”. Muito popular no Brasil, esse dito não poderia estar mais distante da realidade.

Em primeiro lugar, lembremos que o significado mesmo da palavra “Nazismo” é “Nacional Socialismo” (em alemão, Nationalsozialismus). Hitler costumava dizer que ele é que sabia o significado do verdadeiro socialismo, e não é à toa que o regime de governo preconizado por Karl Marx fez parte do nome de seu partido. Vejamos o que ele mesmo disse sobre isso:

“'Nós somos socialistas, nós somos inimigos do atual sistema econômico capitalista para a exploração dos economicamente fracos, com seus salários injustos, com sua indecorosa avaliação do ser humano de acordo com a riqueza e a propriedade em vez de sua responsabilidade e desempenho, e nós estamos todos determinados a destruir esse sistema sob todas as condições.”

Se tomarmos o regime socialista – uma ditadura em que a elite política controla os meios de produção, prometendo com isso um futuro paradisíaco - como “esquerda”, ou “extrema-esquerda”, é inconcebível que na outra ponta se encontre outro regime opressor e totalitário como o nazismo. O extremo oposto do socialismo há de ser um regime livre, a democracia, com a maior liberdade de mercado possível, o liberalismo. Ou seja, nada mais “ultra-direita” do que uma democracia liberal.

De fato, a política econômica de Hitler era o exato oposto disso: na Alemanha nazista simplesmente não existia iniciativa privada. Toda economia estava na mão de burocratas que decidiam o que seria produzido e em que quantidade, onde comprar matérias-primas e quanto pagar por elas, a quem vender os produtos e a que preço. Os trabalhadoras não tinham poder de escolher onde trabalhar, e os seus salários eram decretados pelo governo. Nada poderia estar mais distante de uma economia liberal.

Chamar Hitler de direitista porque ele inicialmente perseguiu
os comunistas é igualmente desonesto, uma vez que a sua perseguição incluía também judeus, gays, liberais e até mesmo socialdemocratas, o que deixa claro que o seu objetivo não era outro senão a conquista total do poder.

Uma avaliação muito mais justa e honesta é considerar tanto o Nazismo como Comunismo sistemas revolucionários cujo objetivo é derrubar completamente a ordem social vigente e estabelecer outra em seu lugar, exatamente como foi feito na Alemanha e em todo país socialista. Mas as semelhanças não terminam por aí. Ambos os sistemas apelam ao coletivismo, à união das pessoas em torno de um líder, visando uma suposta causa maior. Aos discordantes, nada menos do que prisão, fome, tortura e morte.

Ao contrário do que se pode pensar, os “campos de concentração” nunca foram exclusividade nazista. Também o governo soviético mantinha os seus “gulags”: campos de trabalho forçado, onde, como na Alemanha, morreram milhões. E isso ainda hoje é realidade na Coréia do Norte, segundo fotos tiradas de satélites e relatos de milhares de coreanos que conseguem fugir do regime de Kim Jong Il.

Por fim, o seguinte trecho de discurso do Führer escancara as semelhanças entre os dois sistemas:

“Há mais do que nos une ao bolchevismo do que nos separa dele. Há, acima de tudo, um sentimento genuinamente revolucionário, que está vivo em todo o lugar na Rússia. Eu sempre considerei essa circunstância, e dei ordens para que ex-comunistas sejam admitidos no Partido imediatamente. A pequena burguesia socialdemocrata e os sindicalistas nunca serão um nacional-socialista, mas o comunista sempre será.”